Lojistas apontam o abandono da região como principal causa
O comércio do Centro do Rio registrou mais um desempenho ruim no primeiro trimestre de 2021, segundo levantamento do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e do SindilojasRio – Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro, que juntos representam mais de 30 mil estabelecimentos comerciais.
Os números mostram que, nos três primeiros meses do ano, o comércio do Centro registrou vendas negativas de -7,5% nos produtos do Ramo Mole (bens não duráveis) e -7,3% no Ramo Duro (bens duráveis). No ano passado, também com desempenho negativo, os números foram de -12,5% no Ramo Mole e -13,4% no Ramo Duro.
De acordo com os lojistas ouvidos, além da pandemia que tem obrigado o comércio a fechar seus negócios sistematicamente, as principais causas desse resultado negativo foram o desemprego, a violência, o aumento de moradores de rua e a desordem, que afastaram o consumidor. Segundo eles, o Centro se tornou um verdadeiro deserto, influenciando no desempenho das vendas e, consequentemente, no fechamento de centenas de estabelecimentos comerciais.
Segundo Aldo Gonçalves, presidente das duas entidades, esse contexto adverso da pandemia, com o isolamento social que alterou o comportamento de consumo das pessoas e obrigou o comércio a cumprir uma série de restrições impostas por vários decretos municipais e estaduais, prejudicou ainda mais o Centro.
Ainda de acordo com o dirigente, as entidades têm feito diversas gestões junto às autoridades no sentido de coibir a violência, os camelôs e os moradores de rua, que tomam conta do Centro. “Isso poderia, mesmo com a pandemia, amenizar o prejuízo dos lojistas do Centro”, afirma Aldo Gonçalves.