Apesar do desaquecimento das vendas nos primeiros nove meses do ano, devido à pandemia, o comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro deverá contratar cerca de sete mil empregados temporários para trabalhar nas festas de fim de ano – mil e quinhentos a mais do que no ano passado. É o que mostra a estimativa do CDLRio e do SindilojasRio, que ouviu lojistas dos setores de confecções e moda infantil, calçados, joias e bijuterias, óticas, eletroeletrônicos, papelarias, móveis e brinquedos.
“Mesmo na atual conjuntura, a estimativa reflete a expectativa de vendas para o Natal, a grande data comemorativa para o comércio, que pode representar até 30% do faturamento do ano. A expectativa de melhores vendas também se deve à proximidade da alta temporada do verão, a estação mais importante para a economia carioca. A combinação desses fatores motivou a estimativa de contratação de cerca de sete mil temporários, mil e quinhentos a mais do que no ano passado”, disse Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, que juntos representam 30 mil empresas lojistas.
Entre as empresas consultadas, 35,8% pretendem contratar para esse período, 49,3% estão indecisos se vão ou não fazer essas admissões, 10,4% não contratarão e 4,5% pensam em pagar horas extras se for necessário. Dos entrevistados, 5% revelaram que já contrataram, 61% devem contratar em novembro e 34% em dezembro.
Do total de vagas, 60% representam o primeiro emprego; a faixa etária predominante é entre 18 a 35 anos; 50% dos contratados serão para ocupar as vagas de vendedores, 18% para operadores de caixa, 12% para estoquistas, 7,5% para supervisores, 6% para auxiliar de vendas, 4,5% para auxiliar de estoque e 2% para montador, entregador e ajudante.
O levantamento mostra também que 48% dos empresários consultados responderam que não pretendem efetivar os temporários após o período de festas, 12% disseram que sim e 40% disseram que possíveis contratações vão depender do movimento das vendas e da recuperação da economia.