Pensando na revalorização local, empresários do Centro do Rio de Janeiro, mais precisamente da redondeza que abrange as tradicionais ruas do Ouvidor, Sete de Setembro, Uruguaiana e adjacências, criaram recentemente um grupo para estimular a retomada comercial da região.
Intitulado de ”Polo Confeitarias Tradicionais”, ele, apesar do nome voltado à gastronomia, engloba todas as atividades econômicas ali presentes e tem como objetivo principal resgatar os ”anos de ouro” da referida localidade, que inegavelmente tem grande importância histórica para a capital fluminense.
No último dia 16, inclusive, em reunião na Confeitaria Manon, uma das mais famosas da cidade e que completará 80 anos de existência em 2022, oficializou a união dos comerciantes em prol da causa. Agora, os trâmites já correm na Prefeitura para a regularização legal do polo.
Vale ressaltar que, para tal, há apoio, entre outras instituições, da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e do Clube de Diretores Lojistas (CDLRio), além da Câmara Municipal da capital fluminense e da Assembleia Legislativa Estadual (Alerj).
Em relação aos responsáveis, são eles Luiz Cláudio Vasques, que é ex-subprefeito do Centro e exaltado por todos; Cláudio Gonçalves, da Confeitaria Itajaí; Luis Eduardo de Figueiredo, da Perfumaria Carneiro; Jorge Coutinho, da loja de móveis e decoração Terra Nossa; Fabiula Gonzalez, da Manon; e Maria Izabel Castro, do Palácio da Ferramenta, que, tão apaixonada pelo local, chegou a recusar uma oportunidade de trabalho na Organização das Nações Unidas para se dedicar à região.
”Praticamente nasci no Saara e, desde muito jovem, entre os livros e as ferramentas, construí minha carreira. Logo que me formei, fui estudar em Coimbra, com convite de estágio na ONU, mas meu amor falou mais alto e voltei correndo para a região, que nunca saiu de mim”, diz, antes de complementar.
”Este polo certamente nasce num momento onde elos se unem para uma retomada eficaz da região. Sabemos dos desafios, e não são poucos, mas também acreditamos no potencial de todos que não somente estão no Centro, mas ‘são’ o Centro”, conclui.
Embora não integrante do grupo, o também empresário Claudio André de Castro, diretor da Sergio Castro Imóveis, imobiliária bastante atuante na região, torce para a iniciativa dar certo. Ele, inclusive, é fã confesso da famosa coxinha da Confeitaria Manon.
”Uma coxinha precisa ter casquinha crocante, massa levemente temperada, nem muito fina nem muito espessa, e recheio bem temperado e molhadinho, sem formar aquele ‘bombril de frango desfiado’ que a gente demora minutos para mastigar”, diz.
Vale ressaltar que, para quem é comerciante local e deseja integrar o grupo, é necessário ir até a Manon, que está funcionando como ”sede” do polo no momento, para mais informações.
De acordo com os responsáveis, ”somando técnica e experiência de seus integrantes e participantes, a criação desse polo é mais do que um desafio, é um compromisso com o trabalho e a tradição daqueles que escreveram as histórias da região”.
Fonte: Diário do Rio