A poucos dias do Natal – a maior data comemorativa para o comércio, responsável por cerca de um terço do faturamento anual do setor – os lojistas cariocas estimam um aumento de 7% nas vendas. É o que mostra a pesquisa do CDLRio e do SindilojasRio, que ouviu 500 lojistas da Cidade do Rio de Janeiro para conhecer a expectativa para o Natal.
A pesquisa mostra também que, para estimular os consumidores, os comerciantes estão fazendo promoções, descontos, planos de pagamentos facilitados, kits promocionais, brindes e sorteios, apostando em lançamentos e na maior variedade de produtos. Entre os presentes que devem ser mais procurados para o Natal estão roupas, calçados, brinquedos, bolsas e acessórios, celulares, perfumaria/beleza e bijuterias.
Para 60% dos lojistas entrevistados, o preço médio dos presentes, por pessoa, deve ser de R$ 150,00 e os clientes deverão usar, principalmente, o cartão de crédito como forma de pagamento, seguido do cheque pré-datado, do cartão de débito, dinheiro e a prazo. Para aumentar as vendas, 60% dos entrevistados também afirmaram que pretendem abrir as lojas aos domingos perto do Natal e estender o horário de funcionamento. Para isso, 68% dos lojistas de rua pretendem aumentar a segurança com equipes de apoio e melhorar o monitoramento com câmeras.
De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, o moderado otimismo dos lojistas com o Natal é reflexo do fraco desempenho das vendas em todas as datas comemorativas que o antecederam, que não atingiram a expectativa de crescimento estimada pelo comércio.
“A dificuldade econômica está inibindo o consumidor. Quando a economia não vai bem, afeta o clima de otimismo e inviabiliza as compras, pois o ambiente econômico dita o comportamento do consumidor. Apesar da nossa expectativa de aumento das vendas no Natal, uma pesquisa recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC apontou que, após quatro meses consecutivos de alta e estabilidade em outubro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou retração de cerca de 1% em novembro,” ressaltou Aldo Gonçalves.