Por Aldo Gonçalves
No dia 16 de julho, o comerciante comemora o seu dia trabalhando, abrindo suas portas como faz diariamente. A data, que marca o nascimento do Visconde de Cairu, patrono do Comércio, bem que merecia ser mais lembrada em todo país, pela sua importância social e econômica. Afinal, o comércio é o combustível que alimenta a economia, é um propulsor essencial ao crescimento e um dos principais geradores de emprego e renda.
O comerciante não esmorece diante das adversidades e dos obstáculos que se apresentam no dia a dia e enfrenta os desafios impostos pelo mercado para prosperar, crescer e garantir a competitividade e longevidade do seu negócio, o que exige sacrifícios, renúncias e muita determinação. Figura primordial desde os tempos mais antigos, o comerciante gera empregos e renda, paga impostos e faz girar a roda da economia.
A recuperação econômica do Rio de Janeiro passa obrigatoriamente pelo fortalecimento e pelo incentivo da atividade comercial. Porém, um rápido balanço das pesquisas realizadas pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro – SindilojasRio mostra que no primeiro semestre deste ano não houve a desejada recuperação das vendas, apesar de alguns sinais positivos. As pesquisas revelaram que nem as datas comemorativas, como o carnaval, a Páscoa e o dia das Mães e o dos Namorados, registraram o desempenho esperado. As razões para isto são os velhos problemas de sempre, que se agravaram com a pandemia e ainda estão longe de serem resolvidos.
No Rio, a desordem urbana, hoje ampliada pela multiplicação de ambulantes ilegais e o aumento da população de rua, e a falta de segurança são os problemas que mais afetam o desempenho do comércio, que sofre também com o peso da carga tributária e a retração do consumo derivada da perda de poder aquisitivo e do desemprego ainda elevado. A conta não fecha.
O comércio do Rio tem muito a contribuir com ideias e propostas. Nesse sentido, o diálogo entre as entidades representativas do setor e o poder público e a ação integrada visando à adoção de medidas que promovam um novo ciclo de desenvolvimento do comércio, impulsionando a retomada econômica, são fundamentais e urgentes.
Independentemente das eleições que se avizinham, é hora de contornar diferenças e encontrar os pontos comuns que permitam avançar na direção de um novo ciclo de prosperidade para o Rio e sua capital.
Parabenizando os comerciantes do Rio, ressalto que a união do empresariado lojista, por meio do associativismo para fortalecer a representatividade do setor, nunca foi tão necessária como agora, para vencermos os desafios que temos pela frente, nesse momento difícil do Brasil e, em particular, do nosso Rio de Janeiro.
Presidente do CDLRio e do SindilojasRio e diretor da CNC.
Publicado no Jornal Monitor Mercantil