Comércio do Rio deve contratar cerca de 12 mil temporários para o fim do ano.
O comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro deverá contratar cerca de 12 mil empregados temporários para trabalhar neste fim de ano – dois mil a mais do que no ano passado. É o que mostra a pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e do Sindicato dos Lojistas do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio, que ouviu 300 empresas lojistas dos segmentos de confecções e moda infantil, calçados, joias e bijuterias, óticas, eletroeletrônicos, papelarias, móveis e brinquedos.
A pesquisa revelou que, das 300 empresas consultadas, 55% pretendem contratar para esse período, 30% estão indecisos se vão ou não admitir, 10% não contratarão e 50% pensam em pagar horas extras se for necessário.
Dos entrevistados, 15% revelaram que já contrataram e 85% devem contratar entre outubro e novembro.
Do total de vagas, 45% representam o primeiro emprego; a faixa etária predominante é entre 18 a 35 anos; 65% dos contratados serão para ocupar as vagas de vendedores, 10% para operadores de caixa, 15% para estoquistas, 5% para supervisores e 5% para auxiliar de estoque, entregador e ajudante.
Sobre a contratação do empregado em definitivo, 45% dos empresários consultados responderam que, se as perspectivas de consumo se confirmarem, a permanência do empregado em caráter definitivo pode acontecer naturalmente. Já 35% disseram que não pretendem efetivar e 20% preferem pagar hora extra.
“O resultado da pesquisa reflete a expectativa de vendas para o Natal – a grande data comemorativa para o comércio, que representa 30% do faturamento do ano – e, também, para a alta temporada do verão, a estação mais importante para a economia carioca, quando a cidade recebe um grande número de turistas do país e do exterior, que vêm aproveitar as festas do fim de ano, as praias e o carnaval. A combinação desses fatores motivam essa estimativa de contratação de temporários, dois mil a mais do que no ano passado”, diz o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves.
Além disso, as contratações de temporários levam em conta o atual momento da economia brasileira, que tem surpreendido favoravelmente, à medida em que um cenário melhor vai se confirmando. “No começo do ano, por exemplo, as previsões eram de que o crescimento do PIB seria de 0,78%. Agora já se chegou em 2,89% nos nove primeiros meses. Essa taxa, até o momento, é igual ao desempenho do ano passado, que foi de 2,9%. Em consequência, isso constrói um ambiente de perspectivas de vendas maiores para o fim do ano”, diz Aldo.
Ele destaca também que, no ano passado, o comércio em geral cresceu 1,0%. Neste ano, espera-se entre 2% e 4% no total, já que a confiança aumentou e as pessoas estão mais propensas a consumir.
“Nesse contexto, o desemprego vem diminuindo, os preços apresentam-se estáveis e, ainda que as famílias estejam endividadas, o Programa Desenrola tem permitido alívio sobre os orçamentos. Com as estimativas de vendas crescentes para o Dia das Crianças e os cenários auspiciosos para a Black Friday e o Natal, evidentemente o comerciante irá precisar adequar o quadro de pessoal de acordo com a demanda esperada”, concluiu Aldo Gonçalves.