No próximo dia 16 de outubro será comemorado o Dia do Comerciário. Para se entender a dimensão da importância da data para o País e a economia nacional, em agosto deste ano foram gerados 220.844 novos postos de trabalho no Brasil (+0,5%). A expansão gradual da atividade comercial respondeu por 41.843 empregos adicionais (+0,4%), cerca de 19,0% dos empregados criados no país.
Enquanto no Brasil o estoque de trabalhadores com carteira assinada soma quase 43 milhões, deste total as atividades relacionadas com o comércio ocupam 9.768.041 trabalhadores, algo perto de 22% do universo de empregados. Números impressionantes que jogam feixes de luz para a relevância produtiva dessa atividade, principalmente para a geração de emprego e renda.
Regionalmente, a melhoria da produção e do consumo no estado do Rio de Janeiro determinou o avanço nas contratações na região fluminense. Por exemplo, do saldo verificado no Brasil, o Rio de Janeiro participou com 18.992 novos postos, cerca de 8,6% do total. No estado, o comércio incrementou as estatísticas com mais 2.728 postos.
Dada a força da sua natureza, o setor comercial tem a função de levar bens a todos os rincões, ressaltada pela figura icônica do mascate. Assim, intermedeia a oferta das indústrias e do setor agropecuário para atender o consumidor no seu local mais longínquo.
Ao fazer essa ponte, emprega recursos físicos e humanos, contando com o engajamento do seu colaborador para que isso seja possível de forma breve, eficiente e satisfatória a fim de que o dinamismo econômico se reflita através do desenvolvimento e do aumento do bem-estar social.
Hoje a população brasileira de 211 milhões depende da evolução da distribuição de bens da parte do comércio para saciar necessidades de consumo. Se por detrás de cada um dos 9.768 milhões de trabalhadores alocados no comércio houver uma família, e esta contenha pelo menos quatro pessoas, os beneficiados direta e indiretamente pela ação do comerciante no pagamento de salários, comissões, gratificações e outras formas de remuneração chegam perto de 40 milhões de brasileiros.
No segundo trimestre de 2023, o PIB brasileiro atingiu a monta de R$ 2,651 trilhões. A taxa acumulada em doze meses terminados em junho descreveu crescimento de 3,2%, resultado que gravita perto do esperado para o final deste exercício. Em virtude do Dia das Crianças, Black Friday e Natal, pode ser que o dado final do ano possa até surpreender, ficando acima do estimado.
A dimensão macroeconômica do setor comercial revela-se sobremaneira quando se observa a sua participação no setor de serviços e no PIB, pelo critério de agregação de valor. Como os serviços correspondem a 58,9% do produto interno e o comércio, cerca de 19,42% dos serviços, em relação à geração de valor no PIB a participação do setor comercial equivale a 11,4%. Em termos reais, por outro lado, o comércio adicionou R$ 302,948 bilhões na economia no segundo trimestre deste ano.
Esses quantitativos ressaltam, portanto, de forma superlativa, a importância da presença do comércio na formação do produto interno do Brasil, este sob a ótica decorrente do consumo das famílias e das empresas com os bens ofertados pelo setor, haja visto o dinamismo que isso causa sobre os demais setores produtivos, estendendo seus reflexos ao comportamento da economia.
