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Expectativa de vendas melhores no outono

Um estudo do CDLRio e do SindilojasRio indica que o comércio espera vendas melhores do que as do ano passado, quando o setor de vestuário não atingiu as metas esperadas, refletindo o adiamento das compras de roupas por parte dos consumidores.

Nos últimos anos, no Brasil e, especialmente no Rio de Janeiro, as vendas de produtos de vestuário mostraram-se tímidas, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. Desde a drástica redução em 2021, na pandemia, o setor ainda não voltou ao seu patamar de faturamento.

Considerando as taxas acumuladas em doze meses, encerradas em janeiro, o quadro é o seguinte: em 2021, o faturamento de vestuário no Rio de Janeiro recuou 27,4% e puxou a média nacional para baixo (-24,2%). Em 2022, pelo mesmo critério de intervalo de comparação, o estado (17,9%) pouco contribuiu para o crescimento da média brasileira (16,1%). Em janeiro de 2023, enquanto as vendas de vestuário caíram 0,5%, no Rio de Janeiro a queda foi de -16,8%. Já em janeiro deste ano, o comércio fluminense (-3,1%) caiu menos do que no país (-4,7%). No Brasil, o indicador geral de vestuário apresentou-se assim: 2021 (5,20%); 2022 (10,54%); 2023 (5,60%) e 2024 (4,50%). Já na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), os preços se apresentaram da seguinte forma: 2021 (4,64%); 2022 (10,06%); 2023 (5,76%) e 2024 (4,54%).

Natureza dos produtos, gostos, costumes, preferências, necessidades, emprego, renda, crescimento da economia, condições financeiras, juros e ondas de calor são alguns dos fatores que explicam o baixo interesse das pessoas por novas aquisições de roupas, calçados e acessórios.

Especificamente na RMRJ, os preços do comércio varejista, no critério acumulado em doze meses, até fevereiro de 2024, têm-se mantido segundo o escopo da meta inflacionária não extrapolando. Pelo contrário, em alguns casos têm até ficado aquém, como por exemplo: artigos masculinos – calça comprida (2,91%), agasalho (0,27%),  bermuda/short (2,64%) e camisa (5,50%); artigos femininos – calça comprida (1,63%), agasalho (4,41%), saia
(6,56%), vestido (-0,89%), blusa (1,65%), lingerie (3,00%), e bermuda/short (3,06%).