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A evolução do emprego na economia

Os dados do Caged divulgados recentemente trazem boa notícia: o emprego formal, com carteira assinada, vem crescendo. Isso é importante, pois reflete o comportamento das atividades econômicas e inclui mais trabalhadores na produção de bens e serviços. Nesse contexto, a economia está crescendo, seguramente investimentos podem estar sendo realizados, as vendas estão acontecendo e empresários e empresas estão decidindo absorver mão-de-obra.

Apesar de não haver euforia nem muitos motivos efusivos para celebrar, pelo menos o que vem acontecendo no mercado de trabalho modula-se de acordo com as revisões estatísticas do PIB para o corrente ano. Principalmente quando elas crescem. Por exemplo, após início do ano, o mercado financeiro estimava 1,50% de aumento da economia. Agora, já se encontra em 1,90%, havendo projeções que superam esta taxa, encostando em 2,20% até o fim do ano.

Alguns detalhes chamam atenção e são espetaculares porque o País vem surpreendendo favoravelmente. O Brasil mostra-se robusto, rico e continental; e situa-se entre as dez maiores economias do planeta, ainda que oscile entre as duas últimas colocações.

Com problemas estruturais como a forte concentração de renda, tamanho e inchamento do setor público, dívida e déficit fiscais, entre muitos outros, o país consegue apresentar capacidade de superação das dificuldades quando vislumbra-se o gigantismo da informalidade e observa-se a riqueza gerada, o poder de consumo que o torna um dos maiores mercados e a sua expertise para fornecer alimentos ao mundo.

Dito isso, ao observar o desempenho do mercado de trabalho em março temos a geração de 244.315 vagas, sendo 37,5 mil criadas pelo comércio, uma participação de cerca de 15,4%. O estado do Rio de Janeiro respondeu por 24.466 mil postos de trabalho, precisamente 10,0% do total. O comércio fluminense contratou 1.652 comerciários, elevando conjunturalmente o estoque em 0,45%, para 371.528 trabalhadores.

Comparativamente, em março do ano passado, a economia fluminense gerou 18.221 postos de trabalho quando o emprego no país atingiu 194.372 novas vagas. A participação do Rio de Janeiro no estabelecimento de novas ocupações formais atingiu 9,4%, arredondando. Em 2024, a evolução da economia causou surpresa ao crescer 2,9%.

Quanto será que a economia nacional irá crescer em 2024? Será possível beirar a performance do ano passado? E o emprego? Quantas novas oportunidades com carteira assinada deverão ser criadas neste ano?

Sabe-se que ainda é cedo para que as respostas destas indagações estejam próximas dos dados finais. Por outro lado, na medida em que o mercado revisa para cima o produto doméstico, o mercado de trabalho vai se aquecendo, mostrando evolução na esteira do crescimento da economia. Isso traciona a economia. Muito provavelmente o Banco Central deverá retardar os cortes na Selic.