O controle da hipertensão, por meio da adoção de hábitos saudáveis, é fundamental para garantir melhor qualidade de vida a todos. Com essa perspectiva, o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, em 17 de maio, marca a realização de campanhas e ações em todos os países, inclusive no Brasil, com o objetivo de conscientizar e sensibilizar a população quanto à importância do diagnóstico e do tratamento da doença, popularmente conhecida como pressão alta.
Dados do Ministério da Saúde e de organizações internacionais de saúde, mostram que a hipertensão afeta mais de 30% da população adulta em todo o mundo, ou seja, mais de um bilhão de pessoas, sendo o principal fator de risco para desenvolver complicações, como infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral, conhecido como AVC, doença renal crônica, arritmia e demência.
A pressão alta se caracteriza pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), ou “14 por 9” – sendo o primeiro número referente à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; e o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa. Quando a pressão está em torno de 120 por 80 mmHg, ou “12 por 8”, está no limite normal.
A hipertensão arterial pode ser primária, quando é geneticamente determinada, ou secundária, se é decorrente de outros problemas de saúde, como doenças renais, da tireoide ou das suprarrenais. É muito importante diagnosticar a origem do problema, para que seja feito o tratamento adequado.
Na maioria dos casos, a hipertensão arterial é um problema silencioso, pois não são observados sintomas. Quando estes ocorrem, podem ser comuns a outras doenças, como tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão.
Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da doença. A hipertensão, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode e deve ser controlada, por meio de medicamentos, sendo imprescindível a adoção de um estilo de vida mais saudável, com uma melhor alimentação e prática de atividades físicas regulares.
Boa alimentação é aliada na prevenção à hipertensão
Em relação à alimentação, a nutricionista Isabela Albuquerque, pós graduada em Nutrição Esportiva, recomenda alguns hábitos que podem fazer toda a diferença, ajudando não apenas a prevenir ou controlar a hipertensão, mas, também, o ganho de peso:
- Reduzir o consumo de sal no preparo dos alimentos, utilizando outros temperos naturais para realçar o sabor; evitar temperos à base de sal, como os que vem prontos em cubos, pós e molhos; e não acrescentar sal nas refeições prontas.
- Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes.
- Consumir alimentos integrais (pão, massa, arroz);
- Consumir leite desnatado e outros produtos lácteos diariamente;
- Consumir fibras: arroz e feijão são a combinação perfeita e devem ser incluídos no cardápio sempre que possível;
- Consumir peixe sempre que possível e reduzir o consumo de carne vermelha;
- Consumir nozes e castanhas, sempre que possível;
- Reduzir e evitar alimentos ultraprocessados, como biscoitos, sucos em pó, refrigerantes, temperos prontos, embutidos e salgadinhos.
Fonte: Ministério da Saúde