Setor contribui para distribuição mais equitativa da riqueza
Historicamente, o setor comercial desempenha um papel de protagonismo na agenda econômica do país, funcionando como um dos motores do crescimento, graças aos investimentos, à criação de empregos, ao incremento da satisfação e do bem-estar, e à integração no cenário global, melhorando a qualidade de vida. A relevância do comércio também se manifesta amplamente por meio da logística, que se estende desde o fortalecimento e integração das cadeias produtivas até a ampliação do acesso a mercados, sejam internos ou externos.
Com um mercado consumidor vastíssimo, o comércio é responsável por levar produtos para todo o território nacional. Sua força capilariza a produção agropecuária e industrial, movimentando mais de R$ 6,1 trilhões (IBGE, 2021). Para desempenhar sua função, predominam milhões de microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas.
Nesse aspecto, a livre ação empresarial estimula a competição de mercado, faz crescer o bolo da produção, tendo como eixos inovação e produtividade, e como fim o fortalecimento de qualquer economia através do seu desenvolvimento. O comércio externo parece vital na medida em que as exigências internacionais acarretam modernização. Além disso, o movimento de mercadorias contribui significativamente para fomentar o PIB. Não obstante, sendo celeiro do mundo com exportações de soja, café, açúcar, carne, minério de ferro e óleo de petróleo, entre outras commodities, o Brasil participa pouco, com apenas 1,3% (FGV), das transações comerciais globais.
Já as receitas com vendas externas de US$ 340 bilhões (2023), menos as importações de US$ 241 bilhões, geraram um saldo histórico de US$ 90 bilhões, que elevaram as reservas para US$ 355 bilhões (dados da Secex). Isso é um sinal de que o Brasil expandiu sua marca lá fora e as empresas prosperaram. Apesar da grandeza dos números e do recorde do comércio exterior, os desafios são inúmeros para que os benefícios possam ser mais replicados, devido ao baixo grau de inserção brasileira no comércio mundial.
A criação de empregos constitui outro destaque da ação empreendedora do comerciante, já que faz uso intensivo da mão de obra. Em 2023, o número de trabalhadores formais ultrapassou 9,9 milhões (segundo Caged). Destacando-se não apenas pelas cifras do faturamento, o comércio também desempenha um papel importante na redução das desigualdades. Ao estimular o crescimento econômico, o setor contribui para uma distribuição mais equitativa da riqueza, fomentando o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida da população, oferecendo oportunidades de trabalho onde seja necessário, ao construir a ponte que conduz a produção até o consumo final.