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Como a Inteligência Artificial pode revolucionar a Gestão do Varejo

Por Juedir Teixeira*

A inteligência artificial (IA) está prestes a transformar completamente o setor varejista, trazendo novas possibilidades, como a criação de canais de compra inéditos. Essa afirmação impactante vem de Doug Herrington, CEO da Worldwide Amazon Stores, que, durante o Big Show da NRF 2025, comentou sobre a magnitude dessa revolução. Ele afirmou: “Não vemos uma revolução tecnológica tão grande quanto essa desde o surgimento da internet”. O que Herrington quer dizer é que assim como a internet mudou a forma como nos comunicamos e fazemos compras, a IA promete reconfigurar o cenário do varejo global.

Embora Herrington reconheça que a transição para dispositivos móveis e o crescimento das mídias sociais já causaram grandes mudanças no setor, ele acredita que todo esse impacto é diminuto quando comparado ao que está por vir com o advento da IA. A tecnologia, segundo ele, vai atingir todos os aspectos do varejo, ajudando a reduzir custos, melhorando a qualidade dos serviços e criando experiências inovadoras para os clientes. Além disso, a IA pode viabilizar novos formatos de varejo que ainda nem conseguimos imaginar.

Um dos pontos mais intrigantes dessa revolução é como a Amazon está aproveitando a IA atualmente. Herrington compartilhou detalhes sobre um projeto que ele lançou há alguns anos chamado “show and tell” de IA. O objetivo desse projeto era permitir que as equipes compartilhassem ideias sobre como utilizar a tecnologia, e ele pensava que seria algo temporário, mas, surpreendentemente, ainda está em andamento. Essa iniciativa continua a gerar novas aplicações da IA no varejo, mostrando como a inovação é um processo contínuo.

Dentro desse contexto, testemunhamos a reformulação de produtos e serviços já existentes. As equipes da Amazon estão constantemente buscando maneiras de torná-los mais eficientes e acessíveis, além de desenvolver novidades que anteriormente eram vistas como ficção científica. A criatividade impulsionada pela IA estar ajudando os varejistas a pensar fora da caixa e a explorar possibilidades que há alguns anos pareciam impossíveis.

Um exemplo notável da inovação em uso é “Rufus”, o assistente de compras conversacional da Amazon. Esse recurso tem demonstrado sua capacidade ao responder mais de meio bilhão de perguntas de clientes. Perguntas que antes não poderiam ser facilmente respondidas, como “me fale sobre proteína em pó” ou “é possível usar esse molinete de pesca em água salgada?”, agora podem ser feitas com total facilidade. Essa simplicidade não apenas eleva o nível de conveniência para os consumidores, mas também gera um impacto significativo na experiência de compra, levando-a a um patamar que muitos não acreditavam ser viável.

A personalização é outro ponto forte da Inteligência Artificial no varejo. Com a capacidade de analisar enormes quantidades de dados sobre o comportamento do consumidor, as empresas podem oferecer recomendações de produtos personalizadas, que tornam a experiência de compra mais relevante e interessante para o usuário. Isso não apenas ajuda a aumentar as vendas, mas também fideliza os clientes, que se sentem valorizados ao receber ofertas que atendem diretamente às suas necessidades e preferências.

Além disso, a IA também está revolucionando a logística e a gestão de inventário. Com algoritmos avançados, os varejistas podem prever a demanda dos produtos com grande precisão, otimizando os processos de fornecimento e reduzindo o excesso de estoque. Isso resulta em menores custos operacionais e em uma experiência de compra mais fluida para o consumidor, que encontra sempre os produtos que deseja disponíveis.

Ainda há muito a ser explorado. A inteligência artificial pode, por exemplo, impulsionar o uso de realidade aumentada e virtual nas compras online, possibilitando que os consumidores experimentem produtos virtualmente antes de finalizarem suas compras. Essa tecnologia não só enriqueceria a experiência do cliente, mas também poderia reduzir as taxas de devolução, um problema significativo que muitos varejistas enfrentam.

Diante de toda essa transformação iminente, fica claro que a integração da inteligência artificial no setor varejista não é uma opção, mas uma necessidade. As empresas que investirem e se adaptarem a essas novas tecnologias certamente estarão à frente de seus concorrentes, capitalizando sobre as oportunidades que essa revolução traz. Herrington resume isso de maneira eloquente: “Essa tecnologia vai atingir a todos nós”, e, verdadeiramente, a Inteligência Artificial promete redefinir o futuro do varejo como o conhecemos.

Assim, à medida que avançamos, é essencial ficar atento às inovações que estão por vir, pois a IA não apenas mudará o modo como compramos, mas também a forma como nos relacionamos com as marcas e serviços que consumimos. O futuro do varejo está se desenhando, e a inteligência artificial é a chave que abrirá essas novas portas.

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Artigo publicado originalmente no site Conexão Fluminense

Juedir Teixeira é CEO da JTB Consultoria, vice-presidente de Marketing do SindilojasRio e presidente do Conselho de Varejo da ACRJ.