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Crescimento do PIB manteve ritmo aquecido da economia brasileira

A economia brasileira cresceu 3,4% ano passado. A taxa correspondeu ao quarto aumento sucessivo: 4,8% em 2021; 3,0% em 2022; e 3,2% em 2023. Novamente, motivo para celebrar, visto que através do crescimento é possível alcançar o desenvolvimento.

Crescimento e desenvolvimento são conceitos distintos. No entanto, o segundo só acontece graças ao primeiro. O crescimento é imprescindível para gerar o desenvolvimento, que está relacionado à melhoria da qualidade de vida, saúde e ensino entre outros fatores.

O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é o indicador que revela desenvolvimento e qualidade de vida, ao compilar outros indicadores, como educação, renda e expectativa de vida.

O problema é que tanto o PIB quanto IDH não medem a distribuição, como vem sendo feita a repartição da renda. Somente estudos e exames mais minuciosos apresentam como se dá a apropriação da riqueza gerada pelos agentes produtivos. Mas isso é outro assunto.

O resultado da economia, no ano passado, deveu-se fortemente ao aumento do consumo das famílias (4,8%), dos investimentos (7,3%), das exportações (2,9%) e dos gastos do governo com bens e serviços (1,9%). O ritmo avançado de crescimento acarretou na subida das importações em 14,7%.

A evolução dos investimentos sinaliza que o país cria novas condições para que a oferta de bens e serviços aumente.

Simultaneamente, indústria (3,3%) e serviços (3,7%) puxaram a alta do PIB, que sofreu contribuição negativa dos setores ligados à agropecuária (-3,2%). Com essa queda, devido a efeitos climáticos e custo de produção, a recuperação está sendo aguardada para a super safra deste ano, com reversão no comportamento altista de preços.

Olhando para trás, chama atenção o PIB acumulado dos últimos dez anos atingir somente 8,56%. Este patamar gera a média de 0,69% ao ano.

Isso significa crescimento médio aquém das necessidades da sociedade, com reflexos sobre alta de preços e qualidade de vida inferior, leia-se aumento da violência, mais gastos com transferências sociais, etc. Assim, entende-se por que viver no Brasil custa mais caro e está difícil.

Em 2015 e 2016, o produto encolheu 3,5% e 3,3%, respectivamente, taxa negativa de 6,7% em dois anos. Constituiu-se no pior momento, sendo a única vez com duas recessões consecutivas.

Em 2020, o PIB caiu 3,3% com a pandemia global. Em 2021, a taxa ascendeu 4,8%. De lá para cá, temos crescimentos contínuos acima de 3,0%.

Em 2025, os juros elevados, resfriamento do mercado de trabalho e do consumo, mais o dólar alto, diminuirão o ritmo da economia. Espera-se que o PIB suba entre 2,0% e 2,5%.

De positivo, a expectativa de que uma nova supersafra possa vir para baratear alimentos e permitir folga nos orçamentos familiares para outros gastos, e que a inflação ceda no ímpeto de aumento a fim de que os juros também possam diminuir.