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Mãos à obra!

O ano de 2021 começa carregado de expectativas para a população do Rio de Janeiro. Iniciou-se uma nova gestão na prefeitura e uma nova legislatura na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ambas com o grande desafio de reverter o estado de degradação econômica e abandono que abateu-se sobre a cidade do Rio de Janeiro nos últimos anos e que vem agravando-se a cada dia.

No âmbito estadual, aguarda-se a definição sobre o mandato do governador afastado, pois, resolvido o impasse, urge que as diferentes esferas do poder público, a iniciativa privada e as entidades representativas da sociedade conjuguem esforços visando à recuperação econômica do estado.

Da nova administração municipal, almeja-se a real compreensão da importância do fortalecimento do comércio formal para a revitalização social e econômica da capital. Esperam-se ações concretas para coibir a informalidade e a desordem urbana. Nesse sentido, saudamos a iniciativa da prefeitura que, por meio das resoluções nºs 333 e 334 da secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), publicadas no último dia 2 de fevereiro no Diário Oficial, suspendeu por 180 dias novas autorizações de comércio ambulante, e proibiu, por tempo indeterminado, a autorização das chamadas feirinhas. Essas medidas sinalizam uma (boa) mudança de rumo, indo ao encontro de reiterados pleitos do SindilojasRio e do CDLRio junto à prefeitura por maior controle e fiscalização da ocupação dos espaços públicos.

No entanto, é fundamental que, junto com esse “freio de arrumação”, sejam realizadas ações integradas do poder público – prefeitura e governo estadual – para coibir a proliferação de camelôs e feirinhas ilegais, a venda de produtos piratas e/ou de origem duvidosa e a desordem em geral, aí incluídos o combate à violência e o acolhimento da população de rua, aspectos que tanto prejudicam o comércio, principalmente o de rua, e, também, enxovalham a imagem da cidade.

Em outra frente, mais do que nunca é vital que, tanto no âmbito municipal como no estadual, sejam buscadas soluções visando à diminuição da alta carga tributária, da burocracia e de outros obstáculos que oneram as empresas e, até mesmo, ameaçam suas existências.

Em consonância com a atual conjuntura – de enfrentamento de uma pandemia que, além de provocar a perda de milhares de vidas, causou e continuando causando prejuízos incalculáveis ao comércio – é fato que somente a atuação sensível das diferentes esferas do poder público para mitigar tantos problemas, propiciando assim um ambiente mais favorável aos novos empreendimentos e aos já existentes que lutam para sobreviver em meio a inúmeras dificuldades, será possível promover um novo ciclo de desenvolvimento econômico. Ainda nesse contexto, nunca é demais lembrar também que um comércio vigoroso é reflexo de um setor industrial de transformação de bens de consumo forte. Além do setor de Petróleo e Gás e do Turismo, o Rio de Janeiro tem potencial inequívoco para ampliar e diversificar em muito seu parque industrial de transformação. Para isto acontecer, é preciso “arrumar a casa” para atrair investimentos.

A hora é de colocarmos mãos à obra para construir uma nova realidade, com mais investimentos em infraestrutura e melhores condições ao empreendedorismo; mais empregos; mais progresso e justiça social. O SindilojasRio e o CDLRio seguem firmes nesta missão e no apoio a todas as iniciativas que devolvam ao Rio de Janeiro sua autoestima e sua prosperidade.