Já a abertura de novos empreendimentos, em relação a 2022, foi de 0,4%, representando o maior volume desde 2019.
Estudo feito pelo CDLRio, em parceria com o SindilojasRio, mostrou que 283.249 empresas foram abertas, no ano passado, no estado do Rio de Janeiro, volume 0,4% maior ante as aberturas em 2022. Intitulado “Os Caminhos da Economia Fluminense”, o levantamento indicou que este foi o maior patamar de abertura de empresas no estado desde 2019, início da série histórica do estudo para esse dado.
Porém, a pesquisa, baseada em dados da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja), indicou que 159.095 CNPJs foram fechados no ano passado, uma alta de 27,3% ante 2022. A conta de abertura e de fechamento de empresas incluiu também números de MEI (Microempreendedor Individual).
Um dos fatores que contribuem para esse cenário de volume alto em fechamento de empresas é a dificuldade de elas se manterem a longo prazo no Rio, afirma o assessor econômico do CDLRio/SindilojasRio, Antonio Everton, responsável pelo estudo. Cerca de 15% das empresas no Rio não sobreviveram um ano, uma taxa de “mortalidade” alta no entendimento do pesquisador. Ainda segundo o estudo, 59,8% das empresas ficaram abertas entre um e cinco anos, enquanto 91,1% fecharam antes de completar dez anos.
Everton explica que condições favoráveis à atividade econômica são benéficas para a maior durabilidade das empresas e, também, para a abertura de novos negócios. Ele lembra, porém, que se a economia do estado não vai bem, o mesmo ocorre com o consumo interno.
Para 2024, o contexto da economia do Rio de Janeiro para a abertura de negócios não é bom, afirma o economista. “Recentemente, vimos cortes de gastos do governo estadual para equalizar a situação financeira”, disse Everton, acrescentando que “essa conjuntura evidencia pouca margem para investimentos públicos na atividade econômica do estado. Ou seja, um contexto desfavorável tanto para o crescimento econômico quanto para a demanda interna”.
Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e SindilojasRio, concorda. “É preciso que o governo desenvolva políticas públicas que favoreçam mais o ambiente de negócios do Rio de Janeiro”, declarou.
O estudo incluiu um mapeamento regional e setorial dos CNPJs abertos no estado, no ano passado. A região metropolitana do Rio respondeu por 77,3% do total de novos negócios. Na análise setorial, o comércio varejista originou 53.361 aberturas de empresas (18,8% do total) e respondeu por 38.614 dos fechamentos de CNPJs (24,27% do total), no ano passado.
Leia na íntegra o estudo do CDLRio e do SindilojasRio, “Os Caminhos da Economia Fluminense”: https://www.sindilojas.rio/wp-content/uploads/2024/03/Os-Caminhos-da-Economia-Fluminense.pdf
O estudo “Os Caminhos da Economia Fluminense” também é destaque nos meios de comunicação. Confira:
O presidente do SindilojasRio e do CDLRio, Aldo Gonçalves, foi o entrevistado do programa Rio em Pauta da rádio Roquette Pinto, 94 FM, na última sexta-feira, 5 de abril. Ele falou sobre o estudo realizado pelas entidades que apontou que o fechamento de empresas no Rio cresceu 27% em 2023, enquanto a abertura de novos empreendimentos, em relação a 2022, foi de 0,4%, representando o maior volume desde 2019. Ouça na íntegra a entrevista: http://radioroquettepinto.rj.gov.br/node/3021 .
E também:
Jornal O Globo. Coluna do Ancelmo: https://www.sindilojas.rio/imprensa/
Valor Econômico: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/03/19/fechamento-de-empresas-no-rio-cresce-27.ghtml