Segundo pesquisa mensal do comércio realizada pelo IBGE, o volume de vendas no mês de março deste ano registrou paralisia, isto é, variou 0,0% na passagem contra fevereiro. Embora havendo estagnação, no Rio de Janeiro o setor conseguiu vender ligeiramente acima, 0,1%, o que auxiliou elevar a média nacional de forma marginal.
Relativamente, o comércio brasileiro foi puxado por Sergipe (3,7%), Bahia (3,1%), Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul (2,1%) e o Distrito Federal (1,9%), que apresentaram maiores evoluções. Por outro lado, comerciantes sofreram perdas consideráveis em Mato Grosso (-1,2%), no Pará (-2,6%), no Tocantins (-1,4%) e em Roraima (-1,2%).
Na base de comparação anual, ou seja, março deste ano contra março de 2023, a média do volume de vendas do comércio brasileiro alcançou 5,7%, sinal de que houve sólida recuperação nesse período.
O mercado de Santa Catarina revelou igual comportamento nacional (5,7%). Dos 26 estados, além do Distrito Federal, 13 impulsionaram vendas acima do número nacional. Com destaque para o Amapá (13,4%), a Bahia (11,1%), a Paraíba (10,0%) e o Maranhão (9,2%). Porém, pela expressão econômica, as regiões contribuíram relativamente pouco para a média nacional, em virtude do baixo peso.
São Paulo fermentou o dado nacional (6,3%). Rio Grande do Sul (8,7%) e Distrito Federal (8,3%) ficaram próximos em variação. Paraná e Minas Gerais revelaram o mesmo volume de vendas (4,5%), entretanto, abaixo da média do país. Por esse parâmetro, o Rio de Janeiro também situou-se aquém da média (4,1%).
Em 2024, o faturamento do comércio geral no acumulado do ano, ou melhor, entre janeiro e março, atingiu 5,9%. No Rio de Janeiro só aumentou 3,7%, ao passo que economias pujantes como o Rio Grande do Sul (7,1%), o Distrito Federal (5,9%), São Paulo (5,8%), Minas Gerais (5,2%) e Paraná (5,0%) cresceram mais do que a segunda economia do país.
Por fim, considerando o critério do acumulado de doze meses em comparação com os doze meses antecedentes – período de abril de 2023 a março de 2024 em relação às vendas de abril de 2022 a março de 2023 – outra vez o Rio de Janeiro posicionou-se abaixo da média nacional, que ficou em 2,5%. O dado fluminense foi pífio, de 0,9%. No Rio Grande do Norte (-8,7%), em Rondônia (-0,3%) e no Piauí (-0,2%) houve retração do faturamento.
Assim, conclui-se que, apenas pela avaliação frente ao mês anterior, as vendas fluminenses superaram as do Brasil em termos comparativos. Mesmo assim, a diferença foi pouca, de zero ponto um percentual – um décimo. Nas demais formas de aferição, o Rio de Janeiro apresentou variações bem menores. Isso indica que, mesmo sendo uma praça de consumo muito forte, o crescimento vem enfrentando dificuldades na medida em que se mantém na esteira do comportamento do restante dos demais estados e do Distrito Federal.